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Psicologia Decolonial - por Jesse Cardoso

  • Foto do escritor: Jesse Cardoso
    Jesse Cardoso
  • 6 de set. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de mar.

Sejam bem-vindes para este espaço virtual de descolonização da psicologia, aqui vou trazer reflexões sobre essa temática, assim como um espaço para expor as ideias que venho tendo a partir das minhas pesquisas acadêmicas, prática de escuta clínica e postagens no Instagram.

À direita América Latina invertida, à esquerda texto escrito Psicologia Decolonial: apresentação do projeto

Acredito que é na experiência que a decolonialidade se apresenta em sua máxima potência. Decolonialidade está ligada a descolonização, são as resistências e propostas que implicam na construção de relações e de mundos com lógicas que diferem das instituídas através da violência colonial.


As histórias e as culturas brasileiras entrelaçam o nosso mundo e produzem quem somos.


Muito dessa cultura carrega as lógicas da colonização, que ainda persistem na nossa sociedade de diversas formas. Como exemplo, a colonialidade do poder e do saber (Quijano, 2005), as quais constituem as nossas subjetividades, produzindo hierarquias, normatividades e sofrimentos a quem não se encaixa nas normas eurocêntricas. Bruniere, Aragon, Maheirie (2019, p. 119-120) trazem que "A colonialidade é um processo histórico que se refere a um padrão de poder que atualiza hierarquias raciais, culturais, sexuais e epistêmicas, reproduzindo relações de dominação e a continuidade do colonialismo em determinados territórios (RESTREPO; ROJAS, 2010)".


Essa colonialidade segrega e exclui aquilo que foge da sua perspectiva, a qual valoriza somente os saberes e modos de ser eurocêntricos, relegando a segundo plano aquilo ou aquele/a que não se adeque a essa norma.


A partir da psicologia, na intenção de subverter esse eurocentrismo colonizador ao valorizar também saberes locais, afrobrasileiros, indígenas, da Pop. Rua, entre outros, nasce o Psicologia Decolonial. A ideia é criar uma pluri-diversidade de saberes que constituem o campo da Psicologia.


Referências:

  • BRUNIERE, Marcelo Felipe; ARAGON, Leandro Almir; MAHEIRIE, Katia. Utu Suru Baco Smica: Estéticas decoloniais. In: Colonialidades e ódio às diferenças [recurso eletrônico] : políticas, afetos e resistências no Brasil / Organização de Carolina dos Reis, Luis Artur Costa, Rodrigo Lages, Marianna Rodrigues Vitório, Julia Rombaldi, Vanessa Branco Cardoso e Camilla Zachello. – Porto Alegre: Abrapso, 2019.

  • CASTRO-GOMÉZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramon, 2007. El Giro Decolonial: Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Edit: Santiago Castro-Goméz; Ramon Grosfoguel, 2007.

  • QUIJANO, Aníbal, 2005. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, Buenos Aires, 2005.

  • RESTREPO, E; ROJAS, A. Inflexión decolonial: fuentes, conceptos y


 

Jesse Rodriguez Cardoso é psicólogo clínico, mestre em Psicologia Social e Institucional (UFRGS), atende presencialmente em Porto Alegre e de forma online brasileiros do mundo todo. CRP 07/33956.

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